quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desconecte-se

Não se sente mais, não se toca, não se pega. As relações limitaram-se a uma tela de computador, e os laços agora são virtuais. Era da instantaneidade, tão mais fácil e eficiente, distanciando cada vez mais o ser humano solitário em meio a um milhão de fios conectados. Estamos desconectados... onde foram parar as visitas e as cartas escritas à mão? Em que buraco se escondeu o amor? E assim, as relações continuam na sede insaciável, nos copos descartáveis, no lixo. As pessoas se encantam com uma mesnagem online e acreditam que ter amigos num site de relacionamento vale mais do que ter amigos na vida real. É isso... o que vale mais? Esses fios estão cada vez mais nos distanciando dos sentidos, e aquilo que é mostrado virtualmente, mascaradamete, supera os contatos físicos e impõe barreiras anteriores à uma primeira vista, à um primeiro toque... Queremos beijo, abraço, companhia, mensagens ditas ao pé do ouvido, sinceridade no olhar, sorriso no coração. Chega de tanta babaquice, tanta idiotice... vamos nos encontrar mais, usar mais a caneta, usar mais o coração, vamos usar da nossa carne, do sangue! Procuremos corpos, intensidade, tato! Saiamos um pouco da cadeira de um computador e procuremos pessoas, e não suas imagens...

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