- Mais uma dose, por favor!
Beijou algumas bocas desconhecidas, sexos indefinidos, alucinógenos na cabeça, ideologia alguma. Ana sentia-se leve e suava com a batida da música que abalava seus pontos de equilíbrio.
Saiu de casa, esqueceu o batom junto com sua timidez lá, guardados no armário. Soltou as amarras, extravazou. Hora de ir embora, algumas horas passadas, corpo cansado, mente carregada, peito vazio.
Porta à fora, um momento nicotinal. Olhar pro seu all star preto virou distração, e foi o que a levou até sua casa.
Deitou-se, sentiu um tremer das mãos, adormeceu em fração de segundos. A manhã se aproximou e o vazio continuou a ponto que nem o café da manhã conseguiu preencher.
Talvez, ela tivesse pensado que pedaços de mundo insanes fariam o que ela não tinha força pra fazer sozinha. Preencher-se, eis a tarefa difícil. Tarefa de todo o dia, não de uma noite. Ela é individual. Ana ainda não tomou consciência...
Talvez, ela tivesse pensado que pedaços de mundo insanes fariam o que ela não tinha força pra fazer sozinha. Preencher-se, eis a tarefa difícil. Tarefa de todo o dia, não de uma noite. Ela é individual. Ana ainda não tomou consciência...
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