Não que eu esteja ferida... magoada ainda, mas tem coisa aqui dentro que incomoda demais. Talvez esse vestido velho que vesti foi desnecessário, ou o que revirei, levantou poeira. Esqueci de me despir dessas fantasias e de me desligar dos fantasmas pretéritos. Mas o que posso fazer além de querer e desejar? Essa vontade incontrolável me perturba e depois que a música para de tocar, lá vai eu querendo dançar numa pista escorregadia. A vida vem e me pergunta: - Mas cair de novo? E você não aprendeu a lição, sua moça? Eu respondo: - Mas que droga! Sou apenas um animal sentimental... ah! Deixa eu ser? Só um pouquinho...
Esse
reviver típico de um serzinho chamado "humano" com um slogan "a carne é fraca!".
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.
(Adélia Prado)
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