sábado, 11 de dezembro de 2010

À minha frente

Talvez a necessidade assídua de se agarrar ao que chamo de 'fantasia' alimente minha alma, meu corpo. Acredito que sempre há de existir algo além do céu, que me faça viver, que me impulsione na estrada. Ouvi o poeta Fagner dizer: "Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento (...)": um ponto estapafúrdio, um louco a atirar-se do abismo. A tarefa de estar viva, carrega-me nas costas sonhos e alicerces, mesmo sendo alguns perdidos nas entrelinhas. Penso que quando não há algo para se contentar, se contemplar... não há vida e jamais quero morrer, vivendo! Vou fantasiar sem escapar pela tangente e adorarei de mãos juntas e vela, cada pedaço de tempo que me é dado. Tenho o futuro como presente, o embrulho como passado e estou a desatar o laço dessa caixinha de surpresa, enfeitada por fita colorida.
Eis o meu desafio... me entregar ao que me contenta, mesmo que essa 'entrega' seja provisória.

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