segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não!

Brasil, terra dos grandes e pequenos
Precisava vir aqui falar sobre a banalização constante que tenho percebido no mundo internetês. Não é preciso muito arranjo para encontrar trechos de grandes obras de escritores famosos como Clarice Lispector, Cecília Meireles, Carlos Drummond e os mais novos banalizados que são Martha Medeiros e Caio Fernando Abreu. É revoltante ver o quanto esses escritores tiveram sua obra disseminada na velocidade da luz, estampada nos perfis das debutantes desesperadas. São modinhas chatas, refletida pela mente dessa juventude clichê. Seguir a multidão é o que prevalece. A autenticidade passou longe e onde estará perdido o significado da literatura e sua profundidade? Conhecer as obras desses autores é de suma importância, e a partir disso poder espalhar que você é FÃ, que é seguidor fervilhante e leitor proficiente. Entender o verdadeiro sentido dos versos articulados por Clarice somado a complexidade e tradução perfeita de sentimentos por Caio, é estudar o que temos de melhor nesse Brasil, terra de grandes escritores, terra da Literatura Modernista e da Semana da Arte Moderna. Leitura é cultura, é conhecer as raízes e os motivos, e não simplesmente misturar belíssimas frases a perfis de pessoas sem discernimento. Digo NÃO a banalização da Literatura!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O que é?

Já dizia Fernando Pessoa, que ninguém ama ninguém. Particularmente, acho isso ofensivo demais e uma afirmativa forte pra ser cem por cento real. Quem saberá? Penso portanto, que amar seja um enigma constante na vida de todos os seres humanos e no que seria de fato, amar. Se fosse fácil, teríamos uma explicação clara e não as milhões de faces que o amor tem. Pergunto-me se o verbo tão cotidianamente usado/banalizado seria essa coisa tão inalcansável sentida por raros, e me vem respostas como a de Fernando Pessoa. Talvez ninguém ame ninguém. Ama-se mesmo a ideia que fazemos do tal, a fantasia que colocamos em cima do outro que nos satisfaz, e dos desejos retribuídos proveniente de nossas cabecinhas. Será isso mesmo? Por que não se ama tanto na presença, e sim na ausência? Estará nossa ideia longe demais, o que causa dor; ou ela nunca estará completa quando perto?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cansada

Cansada de tudo que começa  e não termina. Cansada do que se taxa por 'diferente', estando perdido no meio da multidão, perdido de si mesmo. Cansada de pseudo-estratégias carapuçadas de covardia. Cansada dos dias de inverno sozinha, e olhares de longe. Cansada de gelos e sumiços com direito a voltas cheias de cinzas e cheiro de cemitério. Cansada do que poderia ser e não foi. Cansada da falta de coragem, da falta de abertura, falta de doação. Cansada de palavras na boca, e ações debaixo dos pés. O que quero ninguém entende. Estou falando grego ou sou eu que estou fora do ritmo? Paciência!