terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cores e vida

Abomino o cinza
Examino o vermelho
Laranja, só se for metade
Colorido só no espelho
Gosto, corto, foto, foco
Momentos, dias, alegrias
São paixões, rosas e azuis
Luz, fosco, luz
Paz, o branco calmo, nuvem
Verde, cheiro, toque que
Não vem...
Brilho, busca, bosque
Vida, instantes, flores
Fuga, amarelo, sol
Marrom nas torres
E preto só aos bolores
São dores, amores...
São cores!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ela e ele

Eu não sei quando ao certo, inventaram essa história de quem homem pode fazer isso, e mulher não. Que base é essa? Puro preconceito! Não entendo mesmo o fato de uma mulher tomar iniciativa ou deitar com um cara possa ser motivo de julgamento e insinuações. O órgão genital não define caráter e a essência está a uns mil pontos a frente da definição deturpada de dois seres, que são complementares. Homem e mulher! Como sempre, fomos induzidos a pensar sempre na inferioridade dela, e no instindo caçador do homem. Bem, por ser mulher, penso... e como fica o nosso instinto? Temos que esperar mesmo a boa vontade de um 'macho' chegar para nos caçar em meio a uma floresta de dúvidas? Quem disse isso? É... só nos resta esperar que essas beldades nos alcancem, nos avaliem e nos classifique como a 'mulher certa' para namorar. Aquela outra que te olhou e sorriu, fica lá por ser 'fácil'. Ah, então quer dizer que ser difícil implica em um cú doce que muitas vezes dá no mesmo (em nada)? Achas que se as mulheres agirem como os homens, ficarão mal vistas pela sociedade? Tudo bem... então vamos dizer não a banalização de homens com as mulheres também? Já que ela não pode 'curtir só por uma noite' sem sair falada... vamos aproveitar essa situation e encaixar na ala masculina? Assim, fico satisfeita...
É incrível como até uma genitália determina o que se deve fazer ou não... e as relações continuam descartáveis.

@silkgomes
fotolog!

Beijos com gosto de revolta.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Patience

Andando num caminho cheio de curvas, permaneço na corda bamba por algumas horas, tendendo sempre a cair mais pra um lado do que pra outro. E cadê o equilíbrio? Hum, longe de mim. Que louco. É ruim, chato, machuca, dói, dois. É solidão. É uma falta do que parece ser o último biscoito do pacote. Mas tem tantos outros milhões por aí, que a gente bate todo dia dentro do ônibus lotado, no meio da rua... mas ele parece ser o último no mundo. A emoção toma conta e por alguns segundos ela anda à frente da razão, que grita pedindo socorro. Razão essa que me fere, mas que é a mais aceitável, a mais condizente com o momento de pluraridade de sentimentos. É um querer não completo, faltando um pedaço enorme, um buraco na estrada. Meu coração de pedra, ainda dói quando alguém bate. Amolecer? Jamais... É ruim, mas é só momento. Amanhã é 24 e tudo me leva a tão ultrapassada paciência!

Bye.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quero sempre mais

Quero mesmo. Não nego! Não tenho vergonha de dizer que sou gulosa... tenho fome de vida! Nada de pedaços mal mastigados, e sim bem saboreados, como uma criança que se agarra ao seu pirulito. Quero sempre mais. Não minto. Chega de gelos, invernos prolongados e eu na janela esperando um casaco e uma esmola de amor. Não quero mais isso... quero mais, além do óbvio, além do cru, além da obrigação. Quero sair da rotina, telefonemas inesperados, intensidades nos beijos e abraços. Quero adoçar, o que na minha frente, vejo amargo. O azedo quero longe de mim! Sai pra lá essa gente seca, que nos cerca. Não quero rótulos, medos, e fanstasmas que não existem. A história inventada é a mais deliciosa. Quero também fugir das regras chatas e no sense, mesmo que seja só eu, lá no canto. Chega de tanta máscara, quero sinceridade estampada num sorriso, num 'eu te amo' explícito. Quero mel, mas não quero grude. Aprecio a liberdade, e gosto do banho de chuva. Sei andar com as duas pernas, me considero autossuficiente, mesmo não sendo a mais experiente. Creio que 17 primaveras não é pouca coisa, porém, sabe-se lá quantas estão por vir. Se eu não quisesse mais, ficaria nadando contra minha maré. Por fim, quero mergulhar na vida, com roupa e tudo. Tomar banho de sol, me enxugar e mergulhar de novo.
Quero minha vida assim: docinha e profunda.

domingo, 8 de agosto de 2010

Espere-o

A gente fica ali, esperando o 'inesperado' na fila do banco, na esquina, no dia mais improvável, na vida caótica. Aguardamos, e isso é o fim do mundo em fração de segundos. Essa saída inquieta, perturba e com algumas horas passadas, estamos mais uma vez, em casa, deitados ao lado da solidão. Ela te deixou na porta e te deu um 'boa noite' como o da noite anterior. De manhã, levantamos e desejamos um café duplo com comida levada a boca. Reclamamos e murmuramos sem ninguém ouvir. Temos o costume feio de querer o que não existe, o que não se pode ter, e fantasiamos, idealizamos constantemente. Um amor lindo e perfeito que venha de cavalo branco, leva-se um tempo para acreditar que a vida não irá te trazer, concorda? Cair do céu muito menos! Então resta... buscá-lo?! Resposta: não. O amor chega quando você realmente não espera (repito) e pode estar ao seu lado, e você nem perceber. Ele tem manias chatas e feias como você, é gente. É imprevisível (não falo da pessoa, mas do sentimento) e irá te surpreender numa madrugada fria, com o toque do celular para ouvir tua voz. Pode até estar na sua lista de contatos. Não saberemos nunca. Quando encontrá-lo, agarre-o contra o vento e aqueça o que há algumas datas atrás, estava frio. Não espere uma declaração em um outdoor cor vermelha, como a do namorado de sua vizinha, ou um buquê enorme na sala de escritório. Ele pode não ter arranjos assim, mas será o seu amor. Cuide-o portanto e dê agora você, um 'adeus' da noite que passou, sem passar... alone!

Blog em manutenção!


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Deixo-me errar, estou aqui para isso.
Olho o acerto a uns dois passos à minha frente.

Tu fun: Infinity - Guru ♪

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um novo dia nasceu!

Que faça chuva ou que faça sol. O dia que se iniciará às 00:00, recomeça repetidamente. Tenho uma inveja desses ponteiros que passam, e que muitas vezes olhamo-os sem passar. E o dia já dia nasceu mais uma vez! Como eu gostaria de ser assim... poder me dar uma chance de nascer de novo todo santo dia."É bom e é tão diferente", já dizia Nando Reis. Entre sois e gotas, o orvalho e o friozinho do início da manhã, nos arrepiará com sua extensão natural e bela. Faço uma seguida comparação entre ser humano e a natureza, e o desejo de acompanhá-la se torna incompatível com nossos atos, pequenos, medíocres. Nossa idiotice muitas vezes nos impede de enxergar a vida, que recomeça um novo ciclo a cada dia! Nos trancamos, nos distorcemos e seguimos os dias na monotonia que tranformamos o nosso desafio de existir, de estar aqui. É puro fato! Fechamos os olhos da alma e simplesmente abrimos a boca para reclamar do que temos, desejando o que não temos. Somos tão egoístas ao ponto de achar que nosso problema é o pior, que nossa vida é a pior, que nossa família é a pior. E só assim nos escondemos por detrás das cortinas, brechando com medo, o que acontece lá fora, na plateia. É um medo de experimentar o milagre e espetáculo que a vida é, nos trazendo todos os dias, um papel em branco com cheiro de novinho em folha, pedindo um novo começo. E por não preencher essas linhas, continuamos mergulhados numa "sede insaciável", olhando sempre o patamar mais distante que o céu do dia que nascerá de novo, num período de 24 horas.



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ela

Emoção em carne, coração na boca, sorriso no olhar.
Ela faz e desfaz, desata um nó
E com a alma, refaz
Beija, se entrega, sofre na tentação
Enxerga mais à frente, mexe com coração.
Faz um dia nublado, ou ensolarado
depende dos números, e do calendário
Ser a tal, não é fácil, nem complexo
É estar numa corda bamba,
tomando cuidado pra não cair em anexo
Destaca-se em volúpia
É profunda, e tem
Um mundo desconhecido,
que por dentro inunda.

Bem, essa é a MULHER.


Ps: Homanegeio as mulheres de verdade.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nostalgia

Tem dias que volto a ser criança. Volto àquele tempo em que tudo era mais bonito, mais claro, mais colorido. Quando o pouco era muito e o 'sem graça' era motivo de uma baita gargalhada. Época em que um presente aparentemente 'pateta' nos arrancava do rosto a alegria de estar ali, na frente dele. Era nesse espaço de vida, que os fragmentos do 'eu' foram sendo construídos e modificados - é só observar a lapidação nos serzinhos que éramos. A sinceridade vinha de bandeja, e a falsidade e vergonha eram adormecidos. Sonhos, fantasias, imaginações, cinderelas e finais felizes... encantamento, felicidade [pequenos aprendizes] e sorrisos mais que sinceros. Sem problemas sérios, só agarrados na barra da saia da mãe, ou nos braços do pai. Tempo bom, que não volta mais. Nunca será esquecido. Para mim, foi um dos melhores de toda minha vida. Parque, bonecas, sorvete com recheio de amor e balas com sabor de felicidade. Experimentar o novo, explorar, perguntar sem cansar! Alguns poucos anos de pura intensidade. Que saudade...

"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..." (Mário Quintana)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Uma bebida...












... e um amor sem gelo, por favor!

Em caps lock


Pacientemente me recolho com um sorriso meia-lua. Sento, escrevo, leio, tomo um café, vou à aula (bem clichê). Passo os dias assim, passando... Porém não só existo, eu vivo! Vivo passando e passeando pelas ruas da minha vida imensa. Cansei de querer entender o inexplicável. Cansei também de só desejar, agora eu desejo e faço. Fiz com o que eu não fosse "mais uma", e sim um MAIS em caps lock. Mais linda. Mais feliz. Mais tudo! É como se um singular virasse plural. Integrei itens necessários à minha pessoa e o sorriso de lua voltado pra baixo, vira de cabeça pra cima - subitamente. A partir daí, não quis mais ver caras e bocas, mas sorrisos e corações. Abri exceções, tive sede de calor humano, me realizei na íntegra. Em vez de dividir, somei! Olhei o tempo... o mestre sábio. Guardo objetos que quando empoeirados, faço questão de limpar em pleno domingo azul. Relembro o que passou, sorrio calma. Não quis mais segurar alguém na coleira da minha alma amarrada, e busquei soltar todos os passarinhos da gaiola. Ah, pessoas - passarinhos... passarão. E aqui, finalizo observando o quebra-cabeça que não tem fim...