segunda-feira, 28 de junho de 2010

Números: 1, 2, 3, 4, 5, 1000, 20000...



São exatos, e contam com a objetividade. Somos bombardeados todos os dias com eles, implícito ou explicitamente e às vezes não nos damos conta disso. São com números, o enquadramento das situações de um país, as estatísticas da fome, miséria, população, economia, bolsa de valores, datas e eles conseguem ser até mesmo espelhos de nossas carapuças. Eles nos disfarçam dia-a-dia quando alguém pergunta quanto ganhamos, o valor disso, o preço daquilo, quantas pessoas na família, quantos anos e assim se prossegue esse pseudo-reconhecimento dos outros com o que se tem, em quantidade. É mais fácil olhar pra uma casa e dizer seu valor, do que dizer o que o imóvel possui. Principalmente os adultos entenderão melhor se for em números. Pessoas chatas, sérias, secas e muitas vezes vazias de sentido. Não generalizo! Mas ser gente grande também é questão de número. Observe as estatísticas de crianças que se iniciam sua vida adulta mais cedo? Esses números são alardeados, preocupantes, mas são números... Eles tomam contam de nossa situação e montam nossa imagem diante dos outros. Mais se preza o ter, em número, do que o ser, em essência. São dois lados, jamais alcançados, e postos em prateleiras paralelas, diferenciando-se quanto aos preços... mas seus preços também são números! Eles estão rolando...

Saiamos dos dados numerados, e entremos como seres numerosos, please


(Ideia retirada do livro "O Pequeno Príncipe")

domingo, 27 de junho de 2010

Inconstante

Depois de uma conversa organizada, de palavras armadas e sentimentos contraditórios pude perceber o vazio, o oco que se instala dentro de você. Oco esse, que me perturba, me desanima e me faz pensar no cemitério carregado e visto por todos, em sua cabeça. Somente soltando as amarras, poderás me enxergar como presente - em tempo e matéria - e só assim me abrirás a porta para a tão desejada felicidade. Uma coisa unilateral, indescritível e inútil aos meus olhos, tão perto do teu coração. Fácil e ao mesmo tempo difícil nos chegarmos, nos sentirmos - de verdade. Trocamos de extremos e nos procuramos em momentos inesperados, sendo o esperado nunca concretizado. É um não-querer mais bem-querer, me tirando a paciência, o sono e o ar de estar viva. É a paixão dilacerando!

terça-feira, 8 de junho de 2010



Escute: Olhos nos olhos - Chico Buarque ♫




Faz-se melhor!

Hoje bateu aquela vontade de escrever, unicamente. Mas o que escrever? Bem, não sei mesmo... Penso que para se ter essa vontade repentina é preciso apenas gosto, pensamento e transferência. É exatamente o que estou fazendo agora... 
Ando com algumas ideias confusas e talvez isso seja o 'querer' organizar as mesmas em parágrafos e frases. Mas também tenho fases... frases e fases! Está explicado - essa desorganização é apenas uma fase. Encontro-me mesmo em uma completa bagunça do meu ser, conflituando com meus valores e questionamentos (eles martelam constantemente) e me tomando tempo para refletir sobre quem sou. Busco, busco, encontro e me perco! Decidi então, que seria apenas eu, sem haver de me ditar para os outros... Já superei 1/2 do conflito interno e agora, me olho sozinha. Assim, me sinto melhor...
mas e a outra parte?!
Melhore, melhore, vá!


"Hoje eu não vivo só... em paz
Hoje eu vivo em paz sozinho
Muitos passarão
Outros tantos passarinho

[...]

A razão é como uma equação
De matemática... tira a prática
De sermos... um pouco mais de nós!" (Fernando Anitelli)