São exatos, e contam com a objetividade. Somos bombardeados todos os dias com eles, implícito ou explicitamente e às vezes não nos damos conta disso. São com números, o enquadramento das situações de um país, as estatísticas da fome, miséria, população, economia, bolsa de valores, datas e eles conseguem ser até mesmo espelhos de nossas carapuças. Eles nos disfarçam dia-a-dia quando alguém pergunta quanto ganhamos, o valor disso, o preço daquilo, quantas pessoas na família, quantos anos e assim se prossegue esse pseudo-reconhecimento dos outros com o que se tem, em quantidade. É mais fácil olhar pra uma casa e dizer seu valor, do que dizer o que o imóvel possui. Principalmente os adultos entenderão melhor se for em números. Pessoas chatas, sérias, secas e muitas vezes vazias de sentido. Não generalizo! Mas ser gente grande também é questão de número. Observe as estatísticas de crianças que se iniciam sua vida adulta mais cedo? Esses números são alardeados, preocupantes, mas são números... Eles tomam contam de nossa situação e montam nossa imagem diante dos outros. Mais se preza o ter, em número, do que o ser, em essência. São dois lados, jamais alcançados, e postos em prateleiras paralelas, diferenciando-se quanto aos preços... mas seus preços também são números! Eles estão rolando...
Saiamos dos dados numerados, e entremos como seres numerosos, please.
(Ideia retirada do livro "O Pequeno Príncipe")